Foto cedida por Alessandro Abdala

domingo, 24 de março de 2013


45 Dias Movimentados - Parte III



A Ecoavis foi à Serra da Piedade, Município de Caeté no dia 16/02, e encontramos uns bichos muito legais. Um surucuá todo colorido nos divertiu bastante, negando-se a posar de frente. Alguns conseguiram foto dele assim, eu, só de lado e "dis costas". Ali também consegui mais um lifer, o arapaçu-verde, que sempre havia me enrolado, desta vez deu bobeira e consegui umas fotos meia-boca dele. 

As douradinhas são sempre um alegria. Vêm em bando, todas coloridas, chilreando e voando por todo canto.
E, de bônus, costumam trazer um monte de companheiros, formando animados bandos mistos.





















Logo no início o Pedersoli falou que achava ter escutado essa aí - cigarra-bambu.
Ela demorou, mas acabou dando o ar da graça, linda na sua simplicidade e modéstia.





















O carrapateiro parecia meio perdido no alto do morro, sem carrapatos.





















Olha o surucá aí. Esta foi a melhor foto que consegui dele, assim meio de perfil, meio de frente.
























Esse aí é o arapaçu-verde, o lifer que sempre me driblava. Essa foi a melhorzinha que consegui dele.
























Todo o lado oeste da montanha estava coberto com essas flores. Uma vista e tanto.
























O colibri deu um show. A cada 15 minutos vinha atras do néctar dessa flor. Parecia um reloginho.
























Um belo Tropidurus montanus, um calango que costa do alto dos morros, apareceu para mostrar seus tons de verde-água.































O tico-tico, ou jesus-meu-deus, é um dos donos da Serra; a gente quase tropeça neles. 
Este fez essa pose para mim, e eu agradeci.











Parque Burle Marx no Barreiro, em Belo Horizonte, 24/02. 
Um lugar especial. Desta vez fui com os amigos Eduardo Assis e Éverton. 
Sem avisar com antecedência, não tínhamos licença para entrar nas áreas mais reservadas do parque, mas mesmo assim conseguimos observar e fotografar passarinhos muito interessantes, com destaque para um pia-cobra alucinado que não parava de cantar e os fura-barreiras, de quem consegui finalmente umas fotos razoáveis. O cháu-baeta também estava lá, um jovem "virando" para a plumagem de adulto, e uma fêmea apareceram para nos saudar.


Logo na entrada do parque nos deparamos com uma alta árvore, cheia de galhos desfolhados, que parecia um ponto de parada obrigatório para todo mundo que passava por ali. Era uma amostra da riqueza de espécies do lugar.
Saíra-amarela, saí-azul, asa-branca, saíra-andorinha estão aí como amostra.
























Olha ele aí, em toda sua beleza. Nesse caso, nem tão belo assim, pois estava cheio de falhas nas penas. Mas...
























A fême, meio simplesinha, também apareceu, para mostrar que a família vai bem, obrigado.
























Ninguém dá muita bola para esses sabiás-barranqueiros, mas os acho um exemplo de beleza e elegância em vestes simples.
























Seu primo, o sabiá-laranjeira, famoso pelo canto maravilhoso, não deixa de ser também um exemplo de elegância.
























Esse martim-pescador-verde não teve sossego. Os suiriris lhe davam trabalho toda vez que voava para qualquer lugar. Acabou indo embora sem almoço.
























O pia-cobra doidão, que parecia ter tomado energético. Não parava de cantar, voando de um lado para outro, muito doido.
























A fêmea chegou para ver que é que estava acontecendo e não entendeu nada, mas fez poses maravilhosas.
























Esse bentevizinho-de-penacho-vermelho quase entrou no clima do pia-cobra, mas acabou desistindo.
























Deixei para o fim esta foto do fura-barreira, que não é um espetáculo, mas é a melhor que já consegui dele. Bicho muito legal, com uma vocalização que lembra galinha cacarejando.




Assim fechamos os 45 dias. Como se viu, muita coisa em um mês e meio.
Março é outra estória. Começou espetacularmente na Pampulha com o registro inédito do combatente, feito pelo Daniel Dias, que nos fez correr em peso para lá. O mês ainda não acabou e já teve muito mais coisas para mostrar. Vou contar assim que der.

segunda-feira, 18 de março de 2013


45 Dias Movimentados - Parte II

Como prometido, vamos a 3 lugares muito especiais, no entanto, na montagem do texto notei que iria ficar muito grande se agrupasse tudo num post só. Assim, resolvi dividir mais uma vez, deixando a Serra da Piedade e o Parque Burle Marx para uma terceira parte.
Manga e Matias Cardoso são um caso à parte. Praticamente todas as vezes que vou lá encontro um bicho novo, o tal do lifer. Desta vez, entre os dias 9 e 12/02, foram três, a pararu-azul, o periquito-dos-cactus e o papa-lagarta-acanelado. Mas eles só complementaram uma turma de bichos lindos.


Phaetusa simplex
      Logo ao chegar à beira do Rio São Francisco, de tardinha, ainda na balsa para atravessar o São Francisco, este trinta-réis-grande me saudou, voando baixo. Foi um prenúncio de que as fotos de voos poderiam ser boas.


























Um símbolos de Manga para mim, o sofrê, também estava ás margens do rio, deixando-me fotografá-lo enquanto esperávamos que a balsa fizesse a travessia.


























No dia seguinte, logo cedo, atravessei o rio novamente para percorrer uma estrada rural em Matias Cardoso, e um dos primeiros pássaros a me saudar foi este casaca-de-couro, também para mim um pássaro símbolo do norte de minas.


























Alguma coisa estava errada, eu acertando fotos de aves em voo?
A segunda foi esta marreca-asa-branca, linda.


























Na hora do pouso, faltou um controlador de voo. Uma rolinha que estava pousada na árvore quase foi atropelada.








Aaaaaa...


























A marreca, um jumbo, nem deu bola para a coitada da rolinha, que na última hora, com uma quebrada forte se salvou.


























Passa um casal de maracanãs-verdadeiras. Lindas voando à luz do sol da manhã.


























Um tico-tico-rei-cinza finalmente resolve me mostrar seu topete encarnado.


























Noutro dia e do outro lado do rio, em Manga, fotografei esse bichinho aí, que acho ser a fêmea do tico-tico-rei, mas não tenho certeza.


























Em sua região natural, um belíssimo cardeal-do-nordeste fez essa linda pose no alto da árvore.


























Finalmente uma codorna me deixou chegar meio próximo para uma fotografia razoável. Ficou meio escondida, mas elas são difíceis mesmo. Parece ser a codorna-mineira, mas não consigo ter certeza.


























Um filhotão de carcará estava na estrada comendo alguma coisa e voou quando me aproximei com o carro. Na árvore pude fazer essa foto, mas não achei o que estava comendo.


























A última das aves-símbolo da região, para mim, é esse asa-de-telha-baio, sempre em bando os encontro em toda viagem para Manga.


























O primeiro lifer desta viagem, totalmente inesperado, foi essa rolinha. Notei que uma poça d'água no meio da estrada estava atraindo aves, entre elas uns periquitos que não identifiquei logo, e parei o carro para fazer uma tocaia. Ninguém apareceu por um bom tempo. De longe vi essa rolinha pousada e achei que fosse a picuí. Fotografei para poder conferir depois. Já em BH, com ajuda do Pedersoli, pude confirmar que era a pararu-azul.


























Passado um tempo esse tuim chegou, deu uma avaliada na situação e se mandou. 


























Enquanto os passarinhos não vinham essas borboletas deram um show à beira da poça d'água.


























Finalmente chegou o periquito. Para minha alegria era o periquito-da-caatinga, outro lifer, há muito esperado.


























Tão bonito que merece duas fotos, ainda mais sendo uma delas em voo. Definitivamente nesse dia eu acordei com um parafuso no lugar, ou fora dele. Acertei 4 fotos em voo!


























Esse golinho, embora parecesse estar muito bem em todos os outros sentidos, estava com algum problema na asa. Fugiu de mim pulando e se equilibrando no arame da cerca sem poder voar. Não me aproximei muito para não interferir demais. Espero que tenha sobrevivido e sarado.


























Às vezes a gente pega um passarinho no pulo, literalmente. 


























Já na balsa, aguardando a partida para a travessia do rio, chegou o casal de canários-do-amazonas que sempre me recebem lá. Fazem ninho nas estruturas metálicas da balsa e ficam o dia inteiro passeando de um lado do São Francisco para o outro. Contando ninguém acredita. São lindos e não me canso de fotografá-los.


























A fêmea com o bico cheio de raízes procurava um local apropriado para começar o ninho.


























Este buraco a interessou muito, mas estava localizado na borda da rampa que se levanta e abaixa para fazer a entrada e saída dos carros na balsa. Certamente um lugar muito mal escolhido.


























Outro passarinho que sempre me aguarda na balsa é a andorinha-do-rio. Há um casal que não falha, está regularmente por lá, pousado nos cabos de aço ou mesmo na borda suja de terra da rampa de acesso à balsa, como esta aí.


























No dia seguinte, fiquei em Manga e fui procurar lugares diferentes para fotografar. Logo de início, em uma estradinha estreita, deparei-me com esse ET assustador. Nunca havia observado como são bonitos esses maribondos.


























Encontrei um antigo conhecido que andava muito sumido, o frango-d'água-azul. Este aí só deu essa chance, de longe, mas foi o suficiente para dizer um oi.


























Esse rapazinho-dos-velhos estava meio esquisito assim, tomando o sol da manhã. Com esse cabeção é um bicho muito estranho.


























No meio dos galhos de umas árvores pequenas me aparecem dois bichos, meio escondidos. Custei a identificá-los. Mais um lifer. O papa-lagarta-acanelado.


























O anu-coroca é um espetáculo. Ainda não foi desta vez que o peguei de jeito, com o metálico de suas penas aparecendo bem.


























A rolinha picuí é uma graça, assim, meio escondida como sempre.


























Uma garça vaqueira me deu essa única oportunidade, já na volta para casa.


























E esse aí? Não parece um arapaçu?


























No próximo post, que sai logo, logo, completo os 45 dias com a Serra da Piedade e o Parque Burle Marx.